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31 de outubro de 2011

Depressão Infantil



Pois é...

Ainda tabu para algumas pessoas, apesar de ter se tornado um assunto tão corriqueiro, a depressão é algo que vem crescendo entre as pessoas, independente de raça, classe social, religião e idade .

Alguns desconhecem os reais motivos de uma depressão, outros já confundem com uma tristeza ou algum sintoma de angústia mais profunda, mas o que se vê muito hoje em dia, é o fato da depressão estar presente entre as crianças. Os sintomas vão desde sono excessivo, choro e perda de vontade de se divertir, mas muitos pais confundem com birra ou pirraça de alguns filhos que sofrem com isso. Portanto, importante ficar atento.

Muitas crianças acabam sofrendo da depressão por problemas já existentes dentro de casa. Brigas conjugais dos pais, ausência de um dos pais, comparação entre irmãos, problemas financeiros, crianças que sofrem ou sofreram abusos e até carência das pessoas da própria família, alcoolismo de alguém próximo da família ( geralmente pai ou a mãe) são alguns dos exemplos que levam uma criança a começar a sofrer dessa doença, até desenvolvê-la integralmente.




Crianças que sofrem com cobranças exageradas por parte dos pais e da sociedade, (causadas por imposições seja em família ou na escola), vão desenvolver problemas seríssimos no futuro, isso é um fato.

É triste, mas a depressão infantil, atinge hoje, cerca de 3 % da população, sendo 1% da população na pré- escola, 2% dos escolares e 5 % dos adolescentes. O ambiente de convívio e a predisposição genética, interferem muito para o aparecimento do distúrbio.

Na criança, os sintomas são um pouco diferentes dos que ocorrem nos adultos. Ao contrário da tristeza predominante em adultos, nas crianças ocorre a irritabilidade como fator principal. O humor se altera muito e aquilo que era uma atividade que promovia prazer para a criança, passa a não ter o mínimo interesse. O sentimento de culpa por tudo que acontece também é outro fator que chama a atenção, assim como o contraste de sono : insônia ou excesso . O desempenho escolar muda, o rendimento também. Dores físicas e queixas relacionadas à elas, choro, afeto deprimido, falta de concentração e mudança no padrão alimentar merecem atenção.

As crises de agressividade gratuita e dificuldade em continuar aceitando as regras sociais, levam a família a buscar ajuda. Tem que prestar muita atenção em não confundir sintomas como esses, com a terrível fase de transição entre infância e adolescência ( fase em quem os hormônios se alteram muito e cada sintoma descrito acima pode aparecer um pouco ).



Os pais devem procurar ajuda , após notarem grande parte desses sintomas juntos por cerca de um mês. Muitos vezes, sendo o problema dentro de casa, é aconselhável que os pais procurem uma ajuda para eles mesmos, como terapias individuais.

É importante que os pais tenham muita paciência e optem sempre pelo diálogo, tentando entender o porquê da raiva, agressividade, irritação e sempre procurarem se aproximar dos seus filhos. Grande parte das pessoas hoje em dia, homens e mulheres, acabam trabalhando fora de casa, o que resulta em menos tempo " físico " com seus filhos. Portanto, é necessário após o trabalho dedicar algumas horas de atenção à eles e muita observação no comportamento da criança para que a ajuda comece já dentro de casa.

Falamos da predisposição genética que algumas crianças podem ter e isso acabar sendo um dos fatores que coopere para o aparecimento da depressão. Estudos comprovam que uma alimentação saudável, já desde criança, pode evitar o surgimento desse distúrbio uma vez que o consumo excessivo de comidas processadas ricas em gorduras, coopera para o surgimento desse mal do século 20.

Abaixo dez alimentos coadjuvantes na prevenção da depressão, se consumidos no mínimo 3 vezes por semana.

1) Arroz integral: há os que amam e os que odeiam, mas é uma ótima fonte de vitamina B1 e B2 e ácido fólico (estes diminuem o nível da homocistina, uma das culpadas pela depressão) e, como solta a glucose paulatinamente, previne a hipoglicemia.

2) Salmão, sardinha e atum: os asiáticos e os finlandeses têm grau muito baixo de depressão comparado com o resto do mundo e o segredo está no consumo de peixes. Pesquisadores japoneses estudaram 1.763 finlandeses e provaram que o consumo de peixe, pelo menos duas vezes por semana, diminui o risco de depressão. Tudo isso graças ao ômega-3 e às vitaminas do complexo B.

3) Repolho e couve: é rico em vitamina C e também em ácido fólico e ajuda a combater a depressão, o estresse e doenças cardíacas. Além disso, seu suco pode ajudar a curar úlceras de estômago, e a Associação Americana de Pesquisas sobre Câncer mostrou que pode nos proteger de vários tipos da doença.

4) Castanha do Pará: pois é, o Brasil também tem sua fruta nativa que é rica em selênio e com isso dá um impulso na atividade cerebral e diminui o risco de depressão.

5) Abóbora: esta é um dos segredos do bom humor, já que contém altas proporções de vitamina B6 e ferro, que são elementos muito importantes para converter o açúcar no sangue em glucose (que é o combustível do cérebro).

6) Feijão: um dos componentes do prato favorito dos brasileiros é rico em proteínas, ferro, cálcio, vitaminas do complexo B, carboidratos e fibras. Além de ajudar na depressão, também já foi associado à diminuição de doenças como diabetes, doenças cardiovasculares e até neoplasias.

7) Leite e iogurte desnatado: apesar de ter uma turma que o considera um veneno, o leite na verdade é rico em triptofano que é um aminoácido que influencia positivamente na produção da serotonina. Além disso, é fonte de tirosina, que está associada à produção de dopamina e adrenalina que causam sensação de alegria. O cálcio do leite é ótimo para controlar irritabilidade, especialmente de mulheres na TPM.

8) Frutas: um estudo feito nas Filipinas em 2008 provou que consumir de duas a três bananas por dia ajuda a combater a depressão, já que é rica em triptofano. A laranja e a maçã fornecem ácido fólico. A jaboticaba é fonte do complexo B. Abacaxi de serotonina. Nutricionistas também recomendam melancia, mamão, abacate, limão, grapefruit e tangerina como agentes do bom humor.

9) Cereais integrais: não só são fontes de carboidratos, como também são ricos em vitaminas do complexo B e ácido graxo ômega 3. A aveia, por exemplo, tem altas doses de triptofano e ainda de selênio, que dá mais energia. Produtos à base de soja também são recomendados.

10) Espinafre e verduras escuras: por serem ricos em magnésio (que é auxiliar na produção de energia), atuam como antidepressivos. Também possuem altos níveis de complexo B. O brócolis é fonte de ácido fólico. Já o talo da alface (aquele que os restaurantes teimam em tirar na hora de servir) tem ação sedativa e tranquilizante.

Acho que o cardápio é bem legal, variado e pode ser integrado à rotina das crianças diariamente sem problemas. Vale a prevenção, certo ?

Beijos e Boa semana pra vocês.


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